sexta-feira, 3 de abril de 2009

Hoje é o dia em que nunca mais seremos,

Afastamo-nos,

Talvez um dia nem as memórias se saibam definir,

Ou quem sabe

o teu olhar ferido,

Aquele instante enternecido

Do nosso eterno regresso.


Mas como podia adivinhar,
Eu, de natureza fraca, inseguro,
Que aquele olhar obscuro
Era apenas o começo?

Era o bem e era o mal,
Era o suco vaginal,
O branco esplendor dos mármores,
A seiva que escorre das árvores…

Se soubesses que ainda hoje vi a turba passar;
Devias ver como esmagava tudo à sua passagem.
Por um momento pareceu que se dirigia a mim.

Dir-lhes-ia apenas,
Que tu és bela,
E tenho tanta pena de um dia morrer.

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