sexta-feira, 17 de junho de 2011

Que me vejas solto, franzino e sonhando,
Soturno, louco tresloucado,
Cada suspiro meu recomendado
Vai, em cartas perdidas voando,

Que me vejas perdido, arruinado,
À terra da marinha malfadada,
À estepe infinita abandonada,
Antes mudo para sempre que calado;

Que tudo vejas nú, desencontrado,
Porque ainda muito antes de ter nome,
Todos temos no corpo sensações,
------------------------------------------------
Ó se o diabo digital o deformara….
Sonharas inflações e deflações

E assim a nossa eterna agonia,
Sem um sopor genuíno de amor
De pouco ou mesmo nada valeria…