Esses Sans-Coulottes esfomeados
Que hoje assaltam os celeiros do Faraó,
Vejo-os no tempo,
Temporalidades fora do tempo,
Não nada e são tudo,
Massa invisível,
Cambaleantes do progresso,
Arroto da civilização...
domingo, 28 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
Madeixas Loiras
Porque fizeste essas madeixas loiras querida?
Porquê?
Porque te sentes bem assim?
Porque os homens preferem as loiras?
Porquê?
Não te esqueças que Deus é Deus,
E que ofendê-lo é pecado...
E Deus, a uns fê-los brancos,
de olhos azuis, outros loiros,
negros, amarelos... até franceses,
vê lá tu!...
A mim, esbarrou-me
com este nariz judeu estúpido
que tenho;
A ti fez-te com uma linda
cara oval adornada com
lindos cabelos castanhos
finos que nos momentos
mais felizes caem abandonados
na tua testa.
Colocou-te também dois lindos
olhitos em forma de amêndoa
que tantas vezes vejo eivados
de desespero, ou semi-cerrados
porque estas cansada
de trabalhar ou felizes
porque acabaste de saber uma
boa-nova picante na revista.
Impôs-te duas mãos demasiado
largas que bem poderiam
ser de um rapazito adolescente.
A mim mãos compridas com
dedos delgados que bem
poderiam ser de obstetra.
Não cheiras a Chanel... Mas
a alho quando cortas alho,
hálito de cebola quando comes cebola
e... obviamente
tal como todos os outros mortais,
o ácido sulfénico faz-te chorar.
Agora diz-me querida,
Se Deus colocou em ti tanta beleza,
Porque gastaste os últimos tostões nessas madeixas loiras?
Porquê?
Porque te sentes bem assim?
Porque os homens preferem as loiras?
Porquê?
Não te esqueças que Deus é Deus,
E que ofendê-lo é pecado...
E Deus, a uns fê-los brancos,
de olhos azuis, outros loiros,
negros, amarelos... até franceses,
vê lá tu!...
A mim, esbarrou-me
com este nariz judeu estúpido
que tenho;
A ti fez-te com uma linda
cara oval adornada com
lindos cabelos castanhos
finos que nos momentos
mais felizes caem abandonados
na tua testa.
Colocou-te também dois lindos
olhitos em forma de amêndoa
que tantas vezes vejo eivados
de desespero, ou semi-cerrados
porque estas cansada
de trabalhar ou felizes
porque acabaste de saber uma
boa-nova picante na revista.
Impôs-te duas mãos demasiado
largas que bem poderiam
ser de um rapazito adolescente.
A mim mãos compridas com
dedos delgados que bem
poderiam ser de obstetra.
Não cheiras a Chanel... Mas
a alho quando cortas alho,
hálito de cebola quando comes cebola
e... obviamente
tal como todos os outros mortais,
o ácido sulfénico faz-te chorar.
Agora diz-me querida,
Se Deus colocou em ti tanta beleza,
Porque gastaste os últimos tostões nessas madeixas loiras?
sábado, 20 de março de 2010
Se olho o universo escuro e frio
Não vejo aí nenhuma dignidade,
Nem réstia de destino ou liberdade
Nem compaixão pela morte ou desvario;
Quem vive vai sorrindo ao breve estio
Em busca d'harmonia e humanidade
Resgatando o são amor à crueldade
pousando os pés assaz no mesmo rio,
E é já música antiga o que se esvai
E loucos correm os homens p'la certeza
Na pista do acaso, de onde sai
Encoberta violência , aspereza,
Cegueira, insensatez... Encarcerai!
Tornai-vos, merda, a mais fina nobreza!
Não vejo aí nenhuma dignidade,
Nem réstia de destino ou liberdade
Nem compaixão pela morte ou desvario;
Quem vive vai sorrindo ao breve estio
Em busca d'harmonia e humanidade
Resgatando o são amor à crueldade
pousando os pés assaz no mesmo rio,
E é já música antiga o que se esvai
E loucos correm os homens p'la certeza
Na pista do acaso, de onde sai
Encoberta violência , aspereza,
Cegueira, insensatez... Encarcerai!
Tornai-vos, merda, a mais fina nobreza!
quarta-feira, 10 de março de 2010
Ei-los, os bárbaros
Ei-los, os bárbaros,
Chegam hoje a Roma
Onde confortavelmente
Se instalam.
Ei-los, os bárbaros
Prestam tributo
Ao Deus cristão
Fizeram suas preces.
Ei-los, os bárbaros,
Conspurcam o templo
Violam as vestais
Destroem o altar.
Ei-los, os bárbaros,
Mancharam de sangue
Colunas coríntias
Manchadas de sangue.
Segue-se agora a noite,
A noite dos tempos
Uma noite bárbara
Para almas bárbaras.
Chegam hoje a Roma
Onde confortavelmente
Se instalam.
Ei-los, os bárbaros
Prestam tributo
Ao Deus cristão
Fizeram suas preces.
Ei-los, os bárbaros,
Conspurcam o templo
Violam as vestais
Destroem o altar.
Ei-los, os bárbaros,
Mancharam de sangue
Colunas coríntias
Manchadas de sangue.
Segue-se agora a noite,
A noite dos tempos
Uma noite bárbara
Para almas bárbaras.
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