sábado, 8 de dezembro de 2012

A Crónica do Mundo



Por várias vezes a vi,
À saída do centro da cidade,
Ao dobrar da primeira esquina,
O avassalador monte de luzes dos arredores,

E há blocos de cimento
E gavetas e gente lá dentro,

Vi, na noite, o rio que divide
A cidade, como um espaço de nada,
Ao outro lado, as luzes dos arredores
Parecem um rio de fogo suspenso.

Luzem as luzes,
Enquanto não rebentar o grande Peido,

Às vezes apagam-se, e
Olhámos o rio, vazio, assim,
Sem as luzes da cidade dosa arredores ao alto,
E o espaço é um grande nada.

Será que vivem?