terça-feira, 14 de dezembro de 2010

III - O tirano

Se o vento e o tempo
ainda têm lições para da,
a mais pusilânime será
que no amor não existe democracia;

Em modos liberais nos afoitamos
ao corpo desejado de Deméter
qual ladrão ocasional
encontra a janela aberta;

Cedo nos apegamos
às benesses do amor
e daquilo que tínhamos por empréstimo
nos queremos tornar donos e senhores,

O corpo tão desejado
o vemos, como uma extensão
do nosso próprio corpo,

E mais faríamos,
se porventura lêssemos os pensamentos.

Um comentário:

Clube dos Contribuintes Mortos disse...

são todos francamente bons.
já vou aqui...
:)