terça-feira, 14 de dezembro de 2010

II - A Medusa

Quando à noite te sentares
na tua cadeira de vime,
lembra-te, Medusa, que
ainda tens muito para
conquistar;

Saberás, porventura,
que a maior felicidade
jaz nos bens do mundo;
Poderia alguém censurar-te
se te mataram o Deus tão cedo?

Mais ai, pobre de ti, se te recusas,
se colhes apenas o que é fugaz
(ainda mais fugaz),
porque de corpo, além
das humanas secreções
colherás só o cinismo;

E é pena assim, é pena...

Nenhum comentário: