quinta-feira, 14 de julho de 2011

Disse o polícia, comendo a ameixa...

Disse o polícia, comendo a ameixa:
« Não existe, querida, isso a que chamas amor,
Existem sensações e químicos, sobretudo químicos…
De vez em quando resolvem-se conjugar e aí temos,
Nada de especial, o amor…

Lembraste de como o amaste, e de como
Três vezes juraste por todo o sagrado?
Pois te digo que as mesmas juras farás,
Vezes sem conta as farás e assim, bela como és,
Amarás cada vez que o decidires;

Sabes como és violenta quando te apaixonas,
Pois também o sei… e de quão rápido os esqueces
Como se de um sonho acordada não passara,
Pois podes sonhar essa farsa cada vez que assim o desejares,

E assim o amor voltará a surgir,
Tal como o mágico vai tirando os coelhinhos da cartola,
Radiantes os químicos voltarão a fluir
Como quem faz uma bela sopa…»

Nenhum comentário: