sábado, 2 de janeiro de 2010

Sonho

Um cortejo bizarro que passa
O passado entre sombras tenebroso
Um charco de sangue que alastra
A uma cova qualquer onde se afunda

As pedras que ocultam indiferentes
A imagem daqueles que contemplam
Os náufragos que adornam as correntes
Dos tempos que em verdade nunca mudam

Só força, de onde vem toda essa força
Que faz aguentar o peso insustentável
Da memória?

2 comentários:

Adam Rex disse...

Fez-me lembrar de um livro chamado OBLIVION, do Marc Augé. É de teoria mas lê-se bem.

Gostei do poema.
Abraço

Alberto Colima disse...

Viva amigo,

Fico feliz por gostares. Não conheço o livro nem o autor, mas o título é sugestivo. Já agora, gostei muito dos teus tesourinhos deprimentes. O gajo de bigode é o maior!

Um abraço!