quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Da memória

Lembro-me de um pequeno mago
(talvez fosse grande, lá para os lados do Lilliput?)
Bom, o que interessa é que tinha boa memória.
Memorizava tudo o que ouvia. À primeira.
Fixava cada pormenor do que escutava,
Avesso a abstracções, claro está.

O pequeno grande é dos bons! Não faz juízos de valor.
Faz bem em não arriscar. Já demasiados arriscaram
Demasiado, e por isso mesmo demasiados não recordam o seu apelido.
Joguemos pelo seguro, porque pelo menos, enfim, estamos seguros.

A um desses santos deu-lhe para o marquetingue.
Sacana! A inveja que lhe tinha cada vez que me
Arreganhava aquele sorriso!

Outro, porventura mais arrojado,
Deu-lhe para ser feliz, e em todo o
Quarteirão nem uma só alma o censurou.

Enfim, sabe Deus a quantos mais não dará
Para certas e determinadas coisas.

Ah! Se bem me lembro, falávamos da memória.

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