sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Só há mar no meu país

Só há mar no meu pais,
Estendido e colossal,
Pois só assim se vê
O reflexo
Das almas dos seus filhos;

Só há mar no meu pais,
E correntes e marés,
E corpos que vagueiam,
E corpos que flutuam
Em estepes infinitas;

Há mar só no meu pais
Que inunda a massa amorfa,
Leve, monótono, enfermiço,
Arrastado e infeliz;

Mas se apenas em mar se fez história
...

Cesse!

Tenho fome,
Fome e sede de justiça,
Vontade e não saudade
De ir, perecer e sonhar;
Sede, não de água salgada
Mas de vinho envenenado;
Fome, não de troços e couves
Mas de ambrósia divina;

Sede e fome de história
Ou do frio sepulcral,

Sede e fome de glória
Ou desgraça colossal

Mas nem a desgraças te prestas
...
Pequeno Portugal

3 comentários:

Fräulein Else disse...

Olá Galhada-man,

Sim, definitivamente só há mar no nosso país... e já estou a começar a ficar ansiosa aqui... c'è gente che mi aspetta a lisbona... ;)

Mas pronto, Nápoles é bela, ainda assim.

Alberto Colima disse...

Olá Fraulein!

Acho que compreendo o que diz. Senti algo parecido com ansiedade quando chegou a hora de bater em retirada. Porém, jurei a mim mesmo que nunca mais voltava. Penso que é o melhor a fazer quando gostamos de algum lugar;)
Seja bem regressada!

Fräulein Else disse...

Eu n faço juras dessas, quero voltar à cidade mais linda do mundo, acolheu-me bem..., mas é normal, penso, até pq n é uma cidade para se viver é só para conhecer, amar e dar de fuga. Nápoles é uma amante fugaz. :)