quinta-feira, 17 de julho de 2008

V - Chão Maldito

Saio,
Diluído na noite de cinza vulcânica
As motos
correm sem saber porquê

Vento que passas e trazes
a fragância de outras épocas


Apenas os nossos corpos unidos---
hora aflita de amantes casuais
A natureza abrupta
separa os corpos e devolve-os
num atávico egoísmo.

Afinal, ainda vivo
E ainda não é maldito
o chão que me sustém.

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