Por força me encontrarás, uma destas noites,
Num cais do Sodré noir à anos 80,
Os pacotes de cigarros, montes de piriscas,
As bolas de espelhos a rodopiar.
Tu, já sem a frescura de antes, é certo,
Mas sem me resignar aos prazeres de velho
Passarei a noite ao frio, debalde espera.
Engolirei impassível a chacota das adolescentes
E os meneares de glúteos irónicos,
Os obituários do jornal como os de um estranho,
Quem foi? Quando viveu?
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
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