terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sozinhos e perdidos
Presos a um chão gelado
Assim nos quer o tempo

Soltos como quem pena
Penitentes como quem ri

Mas é já tempo e a aurora
E algo nasce já grande
Como nunca fora criança

Sorri homem
Deserto moribundo
Como em tempos de calma
Se sente o sangue e a merda
Que do mundo exala

Sorri homem e enxerga
A outra vida que nasce
Essa nunca criança
Em hora nova chega

12 comentários:

Anônimo disse...

Estive a ler os seus poemas e os seus cadernos...
Que drama, homem!
É novo demais para ter cabeça de velho.Espreme-se a ironia e só sobra desalento.
Todos andamos à batatada com as nossas premissas de 3ª ordem..

Alberto Colima disse...

Caro anónimo,

Não quero por em causa a sua interpretação, mas o que está aqui em causa não é um mero binómio: felicidade/infelicidade, Luz/trevas; Céu/Inferno. Aliás, a psicologia do quotidiano (a qual vossa excia. parece dominar) nunca foi um instrumento de análise muito fiável, a não ser em amenas cavaqueiras de café.

Anônimo disse...

É capaz de melhor que isso... ;)

Anônimo disse...

Drama ou Tragédia?

Anônimo disse...

p.s: para terminar, um acrescento, a psicologia do quotidiano é bastante pragmática e intuitiva, e no fundo, sabe bem que tenho razão: o senhor não passa de uma alma (de)penada como todos nós.
Já não existem almas poéticas, sr.Aristotélico. Todas as personagens conhecem a solidão e o deserto, e todas a conhecem com a mesma inércia.

Alberto Colima disse...

Ok amigo! Até aí estamos de acordo. Estamos todos encurralados. Mas o que pretende dizer em concreto? Sou uma alma penada como qualquer outra, mas pretendo transformar isso em arte. Não sei se aquilo que escrevo é bom ou mau. Tão pouco me interessa essa questão. Aquilo que é poético ou não, bom ou mau, é objecto de um juízo a posteriori por uma elite. Sobretudo, é um conceito em constante redefinição.

Anônimo disse...

Tem poemas francamente bons. Gosto, particularmente, dos mais trovadorescos.Mas por vezes abusa do dramatismo...e isso isola-o...deixa-o preso no seu reduto libidinal, às voltas...
É obssessivo.

Alberto Colima disse...

Compreendo o que quer dizer, mas para mim o exercício da literatura é precisamente isso. É um acto irreflectido e doloroso. É uma obsessão que tortura e liberta. Não faz sentido falar em inspiração.

Anônimo disse...

http://www.euedito.com/html/index.asp

Alberto Colima disse...

Ena! A publicidade está cada vez mais sofisticada!

Anônimo disse...

O sr. não enxerga bem, pois não?
Pode concorrer ao prémio literário a custo zero. Só tem que enviar e... quiça? Há 3 prémios...

Anônimo disse...

não o conheço mas já fiquei apaixonada pelo seu pensamento erudito...o sr deve ser um homem muito conhecedor da alma humana, e da alma feminina espero eu!!!!deve ser portador de uma sensibilidade fora do vulgar,deve ser lindo por dentro....e por fora???pouco importa...costumam dizer que todo o homem tem o seu lado feminino.a forma como se expressa,falando tão bem da dor, melancolia,emoções tão fortes, faz me duvidar que o Aristotelico seja mesmo um Homem...não pode existir um homem tão perfeito....eu quero esse Homem para mim...chamo-me Alice...